“O Politécnico de Coimbra mostrou que não queria continuidade”

É a primeira mulher a presidir ao Politécnico de Coimbra (IPC). O que é que isto significa para si?
Esta foi uma escolha do Conselho Geral que, de alguma forma, me reconheceu pela votação expressiva. Independentemente de ser um homem ou uma mulher, foi importante que o Conselho Geral percebesse que este devia ser um momento de viragem para o Politécnico de Coimbra. Naturalmente que me congratulo por ver uma mulher a ser escolhida para o cargo.
Obteve 62,85 por cento dos votos.
Sim. O Conselho Geral deu-me 22 votos de confiança.
Esperava uma vitória tão expressiva, tendo em conta que havia uma lista de continuidade?
Esperava. A comunidade expressou bem a sua vontade. O Politécnico mostrou que não queria continuidade.
Que fatores é que a fazem pensar que não queriam continuidade?
Provavelmente, as escolas acompanharam o meu trabalho enquanto vice-presidente do primeiro mandato do Prof. Jorge Conde, acompanharam os três pelouros difíceis que me foram entregues nessa ocasião – entre 2017 e 2021 – e julgo que a instituição reconheceu a minha dedicação.
Aquando da sua audição pública, no processo eleitoral, disse que antes de estabelecer prioridades precisava de saber o que é que ia encontrar. Já se inteirou?
Tive uma reunião prévia com o Prof. Jorge Conde e foram-nos facultadas algumas informações. Nesta altura do campeonato, gostava de ter a capacidade de lhe responder de forma concreta a cada uma das pastas e a cada um dos dossiês que envolvem uma instituição de ensino superior. Mas quando leio os instrumentos de gestão que nesta altura estão disponíveis no site do IPC, não consigo perceber as razões que sustentaram o não cumprimento de determinados objetivos, determinadas metas. Isto implica que vou ter mesmo que me inteirar, ler os dossiês, falar com as pessoas, ouvir muito, para tentar dar resposta às muitas perguntas que coloquei a mim mesma. Vou ter que conhecer os dossiês, o que não foi possível para já, nem com a reunião que tivemos com o Sr. Prof. Jorge Conde, nem pela informação que nos foi disponibilizada.
Pode ler a entrevista completa na edição impressa e digital do dia 16/07/2025 do DIÁRIO AS BEIRAS
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